segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O que quero e o que me faz bem

Quero o que me faz mal e reclamo de sofrer
Quero liberdade e prisão, lâmina que não corta
Quero coisas demais, de menos, quero viver
Quero querer o que eu quiser, porra. Não importa!

O que faz bem é entediante e demodé
o que faz mal, delicioso cálice de vinho
bebo até cair em mim, faço cara de blasé
reuno pedaços de meu cérebro de passarinho

Inteligência me falta diariamente,
mas o que é o demais senão a falta da ausência?
Meu mundo é grande, pequeno e indiferente

Nuvens a todo instante, pensamento recorrente
Meditação tão rala que não me traz ciência
do que passou, do que está e do que vem pela frente.